Charles Wright – Depois de ler Tu Fu, saio para o Mini Pomar

A leste e a oeste de mim, pleno verão.
Quão mais intenso é o crepúsculo em nosso próprio quintal.
Aves voam de um lado para o outro pelo gramado
à procura de lar
Enquanto a noite se aproxima como um pequeno bote.

Dia após dia, sou de menos valia para mim mesmo.
Como este tordo,
voo de uma coisa para outra.
O que mais devo esperar aos cinquenta e quatro anos?
O amanhã é sombrio.
Depois de amanhã, ainda mais.

Os cães do firmamento estão ganindo.
Os vagalumes arrastam o silêncio da noite
sobre a úmida relva.
No tumulto do mundo, no caos nosso de cada dia,
Siga silenciosamente, silenciosamente.

Trad.: Nelson Santander

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After Reading Tu Fu, I Go Outside to the Dwarf Orchard

East of me, west of me, full summer.
How deeper than elsewhere the dusk is in your own yard.
Birds fly back and forth across the lawn
looking for home
As night drifts up like a little boat.

Day after day, I become of less use to myself.
Like this mockingbird,
I flit from one thing to the next.
What do I have to look forward to at fifty-four?
Tomorrow is dark.
Day-after-tomorrow is darker still.

The sky dogs are whimpering.
Fireflies are dragging the hush of evening
up from the damp grass.
Into the world’s tumult, into the chaos of every day,
Go quietly, quietly.

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