Pensei que te havia dito adeus,
um adeus definitivo, ao deitar-me,
quando pude finalmente fechar meus olhos
e esquecer-me de ti e de tuas artimanhas,
tua insistência, tuas más intenções,
da tua capacidade de anular-me.
Pensei que te havia dito adeus
para todo o sempre, e desperto
e te encontro de novo junto a mim,
dentro de mim, me envolvendo, ao meu lado,
invadindo-me, sufocando-me, diante
dos meus olhos, na minha vida
à minha sombra, nas minhas entranhas,
em cada pulsação do meu sangue, entrando
pelo meu nariz quando respiro, espiando
através de minhas pupilas, ateando fogo
nas palavras que minha boca diz.
E agora, o que eu faço? Como posso
banir-te de mim ou acostumar-me
a conviver contigo? Comecemos
demonstrando maneiras impecáveis:
Bom dia, tristeza.
Trad.: Nelson Santander
REPUBLICAÇÃO (com pequenas alterações na tradução): poema publicado no blog originalmente em 06/01/2018

Amalia Bautista – Qué haces aquí
Crei que te había dicho adiós,
un adiós contundente, al acostarme
cuando pude por fin cerrar los ojos
y olvidarme de tí y de tus argucias
de tu insistencia, de tu mala baba,
de tu capacidad para anularme.
Creí que te había dicho adiós
del todo y para siempre, y me despierto
y te encuentro denuevo junto a mi,
dentro de mi, abarcándome, a mi vera,
invadiendome, ahogandome, delante
de mis ojos, enfrente en mi vida
debajo de mi sombra, en mis entrañas,
en cada pulso de mi sangre, entrando
por mi nariz cuando respiro, viendo
por mis pupilas, arrojando fuego
en las palabras que mi boca dice.
Y ahora ¿que hago yo? ¿como podría
desterrarte de mi o acostumbrarme
a convivir contigo? empezaremos
por demostrar modales impecables.
Buenos dias, tristeza.
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