O velho Leon Tolstoi fugiu de casa aos oitenta anos E foi morrer na gare de Astapovo! Com certeza sentou-se a um velho banco, Um desses velhos bancos lustrosos pelo uso Que existem em todas as estaçõezinhas pobres do mundo Contra uma parede nua... Sentou-se ...e sorriu amargamente Pensando que Em toda a sua vida … Continue lendo Mario Quintana – Poema da gare de Astapovo
Categoria: Mario Quintana
Mario Quintana – Envelhecer
Antes, todos os caminhos iam. Agora todos os caminhos vêm. A casa é acolhedora, os livros poucos. E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas.
Mario Quintana – O Tempo
https://www.youtube.com/watch?v=P5-hE-D5mhI A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando de vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal… Quando se vê, já terminou o ano… Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! … Continue lendo Mario Quintana – O Tempo
Mário Quintana – Os Degraus
Não desças os degraus do sonho Para não despertar os monstros. Não subas aos sótãos – onde Os deuses, por trás das suas máscaras, Ocultam o próprio enigma. Não desças, não subas, fica. O mistério está é na tua vida! E é um sonho louco este nosso mundo…
Mário Quintana – O Morto
Eu estava dormindo e me acordaram E me encontrei, assim, num mundo estranho e louco… E quando eu começava a compreendê-lo Um pouco, Já eram horas de dormir de novo!
Mário Quintana – Pequeno Poema Didático
O tempo é indivisível. Dize, Qual o sentido do calendário? Tombam as folhas e fica a árvore, Contra o vento incerto e vário. A vida é indivisível. Mesmo A que se julga mais dispersa E pertence a um eterno diálogo A mais inconseqüente conversa. Todos os poemas são um mesmo poema, Todos os porres são … Continue lendo Mário Quintana – Pequeno Poema Didático
Mario Quintana – Amor Eterno
Dante se enganou: Paolo e Francesca Continuariam bem juntinhos no Inferno, com pecado e tudo Juntinhos e felizes! Mas quem sabe se não seria este mesmo o castigo divino? Um amor que jamais pudesse terminar…