Antonio Carlos Secchin – [Não, não era ainda a era da passagem]

Não, não era ainda a era da passagem
 do nada ao nada, e do nada ao seu restante.
 Viver era tanger o instante, era linguagem
 de se inventar o visível, e era bastante.
 Falar é tatear o nome do que se afasta.
 Além da terra, há só o sonho de perdê-la.
 Além do céu, o mesmo céu, que se alastra
 num arquipélago de escuro e de estrela.