Raul de Carvalho – Amiúde

No vale dos afetos
ninguém está seguro:
Míngua a lembrança,
Esquece-se o rosto,
Retorna-se ao eu,
Os lábios secam, as palavras dormem, os sonhos dispersam-se, a
presença ausenta-se, há o lago de que não se vê o fundo –

E apenas as pequenas ilusões
– um café, o cigarro, a limonada –
imitam dois corações unidos …