Porque em nosso mundo
sempre há algo oculto,
pequeno e branco,
pequeno e o que você chama de
puro, nós não lamentamos
como você, caro
mestre sofredor; você
não está mais perdido
do que nós, sob
o espinheiro, o espinheiro segurando
bandejas equilibradas de pérolas: o que
o trouxe até nós
para que possamos ensina-lo, se
você se ajoelhar e chorar,
apertando suas grandes mãos,
em toda sua grandeza, sem nada
entender sobre a natureza da alma
que nunca morre: pobre deus triste,
ou você nunca tem uma
ou nunca a perde.
Trad.: Nelson Santander
Violets
Because in our world
something is always hidden,
small and white,
small and what you call
pure, we do not grieve
as you grieve, dear
suffering master; you
are no more lost
than we are, under
the hawthorn tree, the hawthorn holding
balanced trays of pearls: what
has brought you among us
who would teach you, though
you kneel and weep,
clasping your great hands,
in all your greatness knowing
nothing of the soul’s nature,
which is never to die: poor sad god,
either you never have one
or you never lose one.