Seus dedos, tufos de pelos de cobertor
Presos sob as unhas, se estendem para tocar
As rosas ao lado da cama, despetalando com o calor.
Caem pétalas brancas.
Presas em sua mão
Elas escurecem, empapadas em suor, depois enrolam,
Secam e caem.
Hora após hora
Elas gotejam do ramo. Por fim
Ele está limpo e, quando você o toca, frio.
Você se inclina para observar os espinhos
Produzirem manchas brancas em sua pele
Que sangram quando seu punho se contrai.
“Minha mão está em flor”, você diz. “Meu sangue
Anima essas pétalas restantes. Eu vou viver.”
Trad.: Nelson Santander
REPUBLICAÇÃO, com alterações na tradução: poema publicado na página originalmente em 07/01/2019
Ian Hamilton – Father, Dying
Your fingers, wisps of blanket hair
Caught in their nails, extend to touch
The bedside roses flaking in the heat.
White petals fall.
Trapped on your hand
They darken, cling in sweat, then curl,
Dry out and drop away.
Hour after hour
They trikle from the branch. At last
It’s clean and, when you touch it, cold.
You lean Forward to watch the thorns
Pluck on your skin white pools
That bleed as your fist tightens.
“My hand’s in flower,” you say. “My blood
Excites this petal dross. I’ll live.”