Friedrich Hölderlin – As Parcas

Dai-me, Potestades, mais um verão apenas,
Apenas um outono de maduro canto,
Que de bom grado, o coração já farto
Do suave jogo, morrerei então.

A alma que em vida nunca desfrutou os seus
Direitos divinos nem no Orco acha repouso;
Mas se eu lograr o que é sagrado, o que
Trago em meu coração, a Poesia,

Serás bem-vinda então, paz do mundo das sombras!
Contente ficarei, mesmo que a minha lira
Não leve comigo; uma vez, ao menos,
Vivi como os deuses, e é quanto basta.

Trad.: José Paulo Paes

3 comentários

  1. Avatar de Nelson Santander nsantand disse:

    Republicou isso em singularidade – poesia e etc.e comentado:

    Republicação: “As parcas”, um poema de Friedrich Hölderlin

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  2. Parabéns por divulgar Hölderlin.
    Aos interessados no poeta alemão, peço a leitura destes meus comentários na revista Recorte Lírico:
    https://recortelirico.com.br/2020/06/o-silencio-do-poeta/
    Abraço ao autor e seus leitores.

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