Dai-me, Potestades, mais um verão apenas,
Apenas um outono de maduro canto,
Que de bom grado, o coração já farto
Do suave jogo, morrerei então.
A alma que em vida nunca desfrutou os seus
Direitos divinos nem no Orco acha repouso;
Mas se eu lograr o que é sagrado, o que
Trago em meu coração, a Poesia,
Serás bem-vinda então, paz do mundo das sombras!
Contente ficarei, mesmo que a minha lira
Não leve comigo; uma vez, ao menos,
Vivi como os deuses, e é quanto basta.
Trad.: José Paulo Paes
Republicou isso em singularidade – poesia e etc.e comentado:
Republicação: “As parcas”, um poema de Friedrich Hölderlin
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Parabéns por divulgar Hölderlin.
Aos interessados no poeta alemão, peço a leitura destes meus comentários na revista Recorte Lírico:
https://recortelirico.com.br/2020/06/o-silencio-do-poeta/
Abraço ao autor e seus leitores.
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Obrigado!
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