Nem treva nem caos. A treva
Requer olhos que vêem, como o som.
E o silêncio requer o ouvido,
O espelho, a forma que o povoa.
Nem o espaço nem o tempo. Nem sequer
Uma divindade que premedita
O silêncio anterior à primeira
Noite do tempo, que será infinita.
O grande rio de Heráclito o Escuro
Seu irrevogável curso não há empreendido,
Que do passado flui para o futuro,
Que do esquecimento flui para o esquecimento.
Algo que já padece. Algo que implora.
Depois a história universal. Agora.
Você saberia dizer onde está esse poema de Borges, qual a referência completa? Não consegui achar nas obras completas em espanhol:
Jorge Luis Borges – Cosmogonia
Se souber, por manda, manda para meu email: sergiogsilva@uol.com.br ou no meu facebook.
Obrigado.
Sergio Gomes
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Sergio, este poema é de Fervor de Buenos Aires, de 1923.
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