Judith Viorst – Na minha idade

Na minha idade, pensei que finalmente seria capaz de
Terminar Moby Dick,
Esperar a refeição ser servida sem comer o pão,
E demonstrar uma tranquila compostura quando estou em um coquetel onde não conheço ninguém
E ninguém fala comigo,
Em vez de querer correr e me esconder no banheiro.

Na minha idade, pensei que finalmente seria capaz de
Ler uma declaração de imposto de renda,
Admitir que estou errada quando estou errada – e não me gabar quando estou certa,
E demonstrar uma serena aceitação quando vejo meu filho casado sair para a noite fria e nevada
Em um par de tênis rasgados
Em vez de gritar Pare! Você vai pegar uma pneumonia.

Na minha idade, pensei que finalmente seria capaz de
Falar um francês coerente,
Abster-me de dar conselhos, a menos que alguém o implore,
E demonstrar um maduro desapego quando esta senhora com MBA, pelo perfeita e pernas ainda melhores
Dá em cima de meu marido,
Em vez de planejar empurrar a cara dela na massa.

Na minha idade, pensei que finalmente seria capaz de
Lidar com a temperatura Celsius,
Dirigir até Nova Jersey sem me perder todas as vezes,
E demonstrar uma aceitação madura, serena, composta, desapegada e tranquila de tudo o que
Ainda não sou capaz de fazer
Na minha idade.

Trad.: Nelson Santander

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By My Age

By my age I thought I would finally be able to
Finish Moby Dick,
Wait for the meal to be served without eating the roll,
And display unruffled composure when I’m at a cocktail party where I don’t know a single soul
And nobody talks to me,
Instead of wanting to run and hide in the bathroom.

By my age I thought I would finally be able to
Read a tax return,
Admit that I’m wrong when I’m wrong – and not gloat when I’m right,
And display serene acceptance when I watch my married son walk out into the cold and snowy night
In a pair of torn sneakers
Instead of screaming, Stop! You’ll catch pneumonia.

By my age I thought I would finally be able to
Speak coherent French,
Refrain from providing advice unless someone begs,
And display mature detachment when this lady M.B.A. with perfect skin and even better legs
Makes a play for my husband,
Instead of plotting to push her face in the pasta.

By my age I thought I would finally be able to
Cope with Celsius,
Drive to New Jersey without getting lost every time,
And display a mature and serene and composed and detached and unruffled acceptance of all that I’m
Still not able to do
By my age.

Judith Viorst – A uma amiga de meia-idade considerando adultério com um homem mais jovem

É complicado ser temerária
Quando há dobras em seu derrière
E chega a hora de expor o que sua meia-calça
      está ocultando.
E embora os olhos amorosos de um marido
Façam certas concessões para suas coxas,
Jovens amantes podem ter um olhar menos benevolente para o que
      você está expondo.

É complicado se render ao pecado
Enquanto você tenta manter a barriga contraída
Esperando que o blush ainda esteja iluminando
      sua tez,
E torcendo para que ele não perceba,
Enquanto corre os dedos pelos seus cabelos pretos,
Que você ficou inequivocamente grisalha
      em toda uma outra seção.

É complicado experimentar o êxtase
Quando a sinusite se intromete em cada beijo
E quando, nas posições complicadas, suas costas
      começam a feri-la.
E quando você acrescenta tudo o que implica
Ensinar-lhe o que a excita e o que a frustra,
Talvez seja recomendável reconsiderar as virtudes da
      virtude.

Trad.: Nelson Santander

To a Middle-Aged Friend Considering Adultery with a Younger Man

It’s hard to be devil-may-care
When there are pleats in your derrière
And it’s time to expose what your panty hose
are concealing.
And although a husband’s fond eyes
Make certain allowances for your thighs,
Young lovers might look less benignly at what
you’re revealing.

It’s hard to surrender to sin
While trying to hold your stomach in
And hoping your blusher’s still brightening up
your complexion,
And hoping he isn’t aware
As he runs his fingers through your dark hair,
That you’ve grown unmistakably gray in a whole
other section.

It’s hard to experience bliss
When sinus intrudes on every kiss
And when, in the tricky positions, your back
starts to hurt you.
And when you add all it entails
To teach him what turns you on and what fails,
You might want to reconsider the virtues of
virtue.