Mark Perlberg – A segunda vida das árvores de natal

Em um janeiro congelante, meus amigos e eu
arrastávamos árvores de natal descartadas
das calçadas de nossa cidade tremeluzente
para um terreno baldio. Um fósforo aceso e o fogo
se alastrou por um ramo seco como um jorro de vida.
Uma rajada de vento e a pilha se incendiou,
flamejando acima de nossas cabeças. Ondas de seda.
Aroma de breu e bálsamo em nossas narinas.

Permanecemos em círculo ao redor do corpo da fogueira —
aproximando-nos o máximo que cada garoto ousava,
nossos rostos ardendo pelo calor e pelo frio,
o açoite daquela estrela selvagem irrompendo numa noite de inverno.

Trad.: Nelson Santander

Mais do que uma leitura, uma experiência. Clique, compre e contribua para manter a poesia viva em nosso blog

Second Life of Christmas Trees

In frozen January, my friends and I
would drag discarded Christmas trees
from the sidewalks of our shivering town
to an empty lot. One match and fire
raced down a dry sprig like a spurt of life.
A puff of wind and the pile ignited,
flamed above our heads. Silk waves.
Spice of pitch and balsam in our nostrils.

We stood in a ring around the body of the fire—
drawn close as each boy dared,
our faces stinging from the heat and cold,
lash of that wild star burst on a winter night.