Arthur Schopenhauer – Bolhas de Sabão (excerto)

O homem só vive no presente, que se converte no passado, e afunda-se na morte. Exceto as consequências que podem influir no presente, e que são filhas de sua vontade, ou de seus atos, a sua vida passada já não existe. Devia portanto ser-lhe indiferente que esse passado fosse de prazeres ou tristezas. O presente foge-lhes das mãos, transformando-se no passado. O futuro é incerto. Fisicamente, o andar não é mais do que uma queda evitada a cada instante; da mesma maneira a existência é a morte suspensa, adiada, e a atividade de nosso espírito não é mais que uma luta constante contra o tédio. É pois fatal que a morte alcance a vitória. Por haver nascido lhe pertencemos, e durante nossa vida não faz senão brincar com a presa antes de a devorar. E assim como quem faz bolhas de sabão, e apesar da segurança de que acabará por rebentar, se entretém em fazê-la aumentar de volume, assim seguimos o curso de nossa existência, prodigalizando-lhe cuidados e atenções.

Machado de Assis – Memórias Póstumas (último capítulo)

(Leia também: https://singularidadepoetica.art/2023/06/01/nelson-santander-dois-capitulos-perdidos-de-memorias-postumas-de-bras-cubas-2/)

REPUBLICAÇÃO: poema originalmente publicado na página em 25/02/2016

Susan Sontag – De “Sobre Fotografia”

Rui Chafes

“Só a forma e o vazio são universais; tudo o resto é pó e cinzas.”

William Shakespeare – Romeu e Julieta (excerto)

“Esses prazeres violentos têm fins violentos e morrem em seu triunfo, como o fogo e a pólvora, que, ao se beijarem, se consomem. O mais doce mel repugna por sua própria doçura, e seu sabor confunde o paladar. Portanto, ama com moderação. O amor duradouro é moderado. Quem corre demais chega tão atrasado como aquele que anda muito devagar.”

William Shakespeare, in “Romeu e Julieta”

Ezra Pound – E os dias…

Wislawa Szymborska – Discurso do Nobel 1996 (excerto)

Machado de Assis – Bagatela (excerto)

Machado de Assis – Epitáfios

Stephen King – Não pedimos…