Linda Pastan – Elegia

Nosso último corniso se inclina
sobre o solo da floresta

oferecendo frutos
aos pássaros, aos esquilos.

É uma relíquia
dos dias em que os cornisos

floresciam — renda natada em abril,
leite derramado em maio —

sua beleza delicada
mas comum.

Quando eu dava como certo
que o mundo permaneceria

como era, e eu
permaneceria com ele.

Trad.: Nelson Santander

REPUBLICAÇÃO: poema publicado na página originalmente em 16/08/2021

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Elegy

Our final dogwood leans
over the forest floor

offering berries
to the birds, the squirrels.

It’s a relic
of the days when dogwoods

flourished—creamy lace in April,
spilled milk in May—

their beauty delicate
but commonplace.

When I took for granted
that the world would remain

as it was, and I
would remain with it.

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