Linda Gregg – Em louvor à primavera

O dia é tomado por tudo e se completa.
Saio, entro, e saio novamente, confundida
por uma beleza que não conhece a espera,
correndo como fogo. Todas as coisas se movem mais rápido
que o tempo e, assim, criam uma quietude. Minha mente
se inclina para trás e sorri, sem ter nada a dizer.
Mesmo à noite, saio com uma luz e observo
o florescimento. Ajoelho-me e contemplo uma coisa
de cada vez. Uma aranha branca em um botão de peônia.
Nada tenho a oferecer, sou apenas uma pobre serva,
mas posso louvar a primavera. Louvar a natureza selvagem
que não se importa com a hora. A corsa que não
cede à escuridão, mas segue se desenvolvendo a noite toda.
A beleza em todos os estágios de florescimento. Violetas
se erguem para a chuva e o riacho fica mais ruidoso do que nunca.
O velho fazendeiro alemão está dormindo e as flores continuam
a se abrir. Há estrelas. A menta cresce alta. As folhas
se dobram sob a luz do sol enquanto a chuva continua a cair.

Trad.: Nelson Santander

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In Praise of Spring

The day is taken by each thing and grows complete.
I go out and come in and go out again,
confused by a beauty that knows nothing of delay,
rushing like fire. All things move faster
than time and make a stillness thereby. My mind
leans back and smiles, having nothing to say.
Even at night I go out with a light and look
at the growing. I kneel and look at one thing
at a time. A white spider on a peony bud.
I have nothing to give, and make a poor servant,
but I can praise the spring. Praise this wildness
that does not heed the hour. The doe that does not
stop at dark but continues to grow all night long.
The beauty in every degree of flourishing. Violets
lift to the rain and the brook gets louder than ever.
The old German farmer is asleep and the flowers go on
opening. There are stars. Mint grows high. Leaves
bend in the sunlight as the rain continues to fall

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