Jaime Gil de Biedma – Lembre-se

Bela vida que se foi e parece
já não passar
       Desde então, afundo
em sonhos na memória: estremece
eterno o tempo lá no fundo.
E de repente um redemoinho cresce
e me arrasta sugado rumo a um profundo
abismo, para onde vai, despenhado,
para sempre submergindo o passado.

Trad.: Nelson Santander

REPUBLICAÇÃO: poema publicado no blog originalmente em 25/04/2018

Jaime Gil Biedma – Recuerda

Hermosa vida que pasó y parece
ya no pasar...
       Desde este instante, ahondo
sueños en la memoria: se estremece
la eternidad del tiempo allá en el fondo.
Y de repente un remolino crece
que me arrastra sorbido hacia un trasfondo
de sima, donde va, precipitado,
para siempre sumiéndose el pasado.

Deixe um comentário