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Ontem, foi-se.
Amanhã, não há.
Ar, somente, o de hoje
no presente, desse dia
que projeta na respiração
sua plataforma insubstituível:
peça única com sua aura esplêndida
longe de qualquer linha de montagem
frágil a qualquer hora, em aberto.
No levante, no meio, no fim
do seu alento, não em si, mas em mim –
sine die – sem vésperas.
14 VII 2010