IV
Acrescentar ao mundo um morto a mais
é só o que a vida garante. O resto
é risco, é vai da valsa. Tanto faz
improvisar ou decorar o texto,
ser pedra ou imitar os animais,
correr atrás de lucro ou prejuízo.
Dá no que der. E, seja lá o que for,
terá sido o necessário, o preciso,
o que tinha que ser. O mais é dor,
gozo, embromação, falta de juízo,
você naquela foto, a boa ideia,
o sábado que não choveu, a suéter
amarela perdida, três e meia,
um telefonema, eu não disse? etc.