Como consumimos nossos dias
é, evidentemente,
como consumimos nossas vidas.
O que fazemos com esta hora,
e com aquela,
é aquilo que fazemos.
Um calendário
protege do caos
e do arbítrio.
É uma rede
para capturar dias.
É um andaime
sobre o qual um trabalhador
pode ficar em pé
e laborar com ambas as mãos
em espaços de tempo.
Um calendário é uma maquete
da razão e da ordem –
desejado, dissimulado,
e por isso concebido;
é a paz e o abrigo
encravados nas ruínas do tempo;
é um bote salva-vidas
no qual você se encontra,
décadas depois,
ainda vivendo.
Cada dia é o mesmo,
por isso você se lembra
da sequência posteriormente
como um padrão borrado e potente.
How we spend our days
How we spend our days
is, of course,
how we spend our lives.
What we do with this hour,
and that one,
is what we are doing.
A schedule
defends from chaos
and whim.
It is a net
for catching days.
It is a scaffolding
on which a worker
can stand
and labor with both hands
at sections of time.
A schedule is a mock-up
of reason and order –
willed, faked,
and so brought into being;
it is a peace and a haven
set into the wreck of time;
it is a lifeboat
on which you find yourself,
decades later,
still living.
Each day is the same,
so you remember
the series afterward
as a blurred and powerful pattern.
[…] 38. Annie Dillard – Como consumimos nossos dias Como consumimos nossos dias é, evidentemente, como consumimos nossas vidas. (…) […]
CurtirCurtir