Felipe Benitez Reyes – “Collige Rosas”

Consumir este dia
como se fosse o último.
             Queima-lo
como o último cigarro que restou ao insone.
Retarda-lo nos lábios
como a sílaba última de uma fórmula mágica.

Que dependa dele – como a moeda
que o suicida reticente lança ao ar –
o exato sentido da vida
               essa confusão
de quimeras que morrem nas mãos
como rosas pisadas,
ruborizadas de cor e aturdimento.

Trad.: Nelson Santander

Collige Rosas

Apurar este día
como si fuese el último.
             Quemarlo
como el último cigarrillo que le queda al insomne.
Demorarlo en los labios
como la sílaba última de una fórmula mágica.

Que dependa de él -como esa moneda
que el suicida dudoso lanza al aire-
el exacto sentido de la vida
               ese desorden
de quimeras que mueren en las manos
como rosas pisadas,
sangrantes de color y aturdimiento.

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