Ian Hamilton – A Tempestade

Longe, uma tempestade irrompe. Vem em ondas para o nosso quarto.
Olhas para o clarão do céu, que a atinge em um dos lados
do rosto, nos lábios tensos, no olhar assustado.
Voltas-te para mim e quando a chamo tu vens
E ajoelha-te ao meu lado, desejando que eu tome
Tua cabeça entre minhas mãos como se fosse
Uma delicada terrina que a tempestade pudesse quebrar.
Queres que me coloque entre ti e o brutal trovão.
Pousando em tuas carnes minhas grandes mãos se agitam,
Pulsam em ti e então, perguntando-se como, apertam.
A tempestade me atravessa enquanto tua boca se abre.

Trad.: Nelson Santander

Ian Hamilton – The Storm

Miles off, a storm breaks. It ripples to our room.
You look up into the light so it catches one side
Of your face, your tight mouth, your startled eye.
You turn to me and when I call you come
Over and kneel beside me, wanting me to take
Your head between my hands as if it were
A delicate bowl that the storm might break.
You want me to get between you and the brute thunder.
Settling on your flesh my great hands stir,
Pulse on you and then, wondering how to do it, grip.
The storm rolls through me as your mouth opens.

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