Nem Marilyn, nem Greta, nem Ava, e muito menos Angelina, Sharon, Julia ou Charlize. Para mim o rosto mais bonito com que Hollywood nos presenteou em todos os tempos é o dessa beldade das fotos que acompanham esse texto: Gene Tierney, nascida no dia de hoje, no ano de 1920.
Em 1944 ela estreou seu filme mais famoso, o belíssimo “Laura” – uma das obras que ajudou a consolidar no cinema o subgênero de filmes policiais conhecido como “film noir”.
Falando em beleza, a música tema de “Laura”, com o mesmo título, é também uma das melodias mais marcantes do cinema. Escrita por David Raksin especialmente para a película, nos anos que se seguiram “Laura” foi redescoberta por músicos de jazz. Acabou virando um standard desse estilo musical e foi objeto de mais de 400 regravações(!)
Gene se foi em 1991, aos 70. Sua beleza já se havia apagado há décadas – culpa em parte de uma depressão devastadora que lhe tirou o viço e a vontade no auge da carreira e a deixou incapacitada por anos, e do tempo, que de tudo nos despoja. “Laura” – o filme e a canção – permanecem.
Permanece também o meu sentimento de encanto diante dessa três belezas conjugadas.
O poeta John Keats tinha razão:
A beleza é a verdade, a verdade é a beleza
— É tudo o que há para saber, e nada mais.