Se morro o universo se apaga como se apagam as coisas deste quarto se apago a lâmpada: os sapatos–da–ásia, as camisas e guerras na cadeira, o paletó– dos–andes, bilhões de quatrilhões de seres e de sóis morrem comigo. Ou não: o sol voltará a marcar este mesmo ponto do assoalho onde esteve meu pé; deste quarto ouvirás o barulho dos ônibus na rua; uma nova cidade surgirá de dentro desta como a árvore da árvore. Só que ninguém poderá ler no esgarçar destas nuvens a mesma história que eu leio, comovido.
