Sandra Daher, uma generosa seguidora do blog, publica em seu perfil no Facebook a leitura que faz de poemas que a inspiram.
Em sua postagem mais recente, ela surge lendo o belíssimo “Tarde na Andaluzia”, de Sahar Romani, traduzido por mim e publicado há algum tempo no blog.
Confiram o resultado clicando no link que segue e aproveitem para vê-la declamando outros grandes poemas.
“Tarde na Andaluzia”, de Sahar Romani, lido por Sandra Daher
Tarde na Andaluzia
E por que a geometria não seria igual à divindade
1000 + 1 + 1 + 1 O que é a fé
senão a confiança no uno & infinito Uma vez
em Granada observei um muro de polígonos
ou eram estrelas ou abelhas ou por um segundo um fulgor
de gladíolos em um campo até que pude ver
uma galáxia planetas girando raios de uma roda
relógios ou botões videiras florescendo um tornado
de um século futuro jardim de elipses
a córnea do meu amante acesa em cada manhã
Deus tão distante & bem na minha frente
Trad.: Nelson Santander

Afternoon in Andalusia
But why wouldn’t geometry equal divinity
1000 + 1 + 1 + 1 What is faith
but trust in one & infinity Once
in Granada I studied a wall of polygons
or was it stars or bees or for a second a flash
of gladiolas in a field until I could see
a galaxy planets spinning spokes on a wheel
clocks or buttons vines blooming a tornado
from a future century garden of ellipses
my lover’s cornea alight each morning
God so far away & right in front of me