Perambulo por todas as ruas com barreiras
Vizinhas de onde o próprio Tâmisa
Entre barreiras flui, e em cada face que encontro
Marco marcas de fraqueza, marcas de pesar.
Ouço o ruído dos grilhões mentais apostos
Em cada alocução de cada homem
No grito de temor de cada infante
Nas vozes todas, em cada interdição.
Como o grito dos meninos que limpam chaminés
Ressoa intimidante nos tempos encardidos.
E o suspiro do infeliz conscrito
Escorre em sangue pelas paredes dos palácios.
Mas sobretudo como na calada da noite
A maldição das adolescentes prostitutas
Provoca o choro do recém-nascido
E envolve em pragas o ataúde nupcial.
Trad.: Benedicto Ferri de Barros
REPUBLICAÇÃO: poema publicado no blog originalmente em 03/07/2016
London
I wonder thro’ each charter’d street,
Near where the charter’d Thames doth flow,
And mark in every face I meet
Marks of weakness, marks of woe.
In ev’ry cry of every man,
In ev’ry Infant’s cry of fear,
In every voice, in every ban,
The mind-forg’d manacles I hear.
How the Chimney-sweeper’s cry
Every black’ning Church appalls;
And the helpless Soldier’s sigh
Runs in blood down Palace walls.
But most thro’ midnight street I hear
How the youthful Harlot’s curse
Blasts the new born Infant’s tear
And blights with plagues the Marriage hearse.
Um singular monstro inglês!Honra e glória!
CurtirCurtido por 1 pessoa