Perambulo por todas as ruas com barreiras
Vizinhas de onde o próprio Tâmisa
Entre barreiras flui, e em cada face que encontro
Marco marcas de fraqueza, marcas de pesar.
Ouço o ruído dos grilhões mentais apostos
Em cada alocução de cada homem
No grito de temor de cada infante
Nas vozes todas, em cada interdição.
Como o grito dos meninos que limpam chaminés
Ressoa intimidante nos tempos encardidos.
E o suspiro do infeliz conscrito
Escorre em sangue pelas paredes dos palácios.
Mas sobretudo como na calada da noite
A maldição das adolescentes prostitutas
Provoca o choro do recém-nascido
E envolve em pragas o ataúde nupcial.
Trad.: Benedicto Ferri de Barros