Louis MacNeice – A luz do sol no jardim

A luz do sol no jardim
Endurece e esmorece,
Não podemos enjaular o minuto
Em suas malhas de ouro;
Quando tudo é proclamado
Não podemos implorar por perdão.

Nossa liberdade, como soldados a soldo,
Avança em direção ao seu fim;
A mundo compele, nele
Baixam sonetos e pássaros;
E em breve, meu amigo,
Não teremos tempo para danças.

O céu estava bom para voar,
Desafiar os sinos da igreja
E todas as sereias malignas
De ferro e o que elas dizem:
A terra compele,
Estamos morrendo, Egito, morrendo

E sem esperar por perdão,
Outra vez endurecidos de coração,
Mas felizes por termos estado debaixo de
Chuvas e trovoadas com você,
E gratos também
Pela luz do sol no jardim.

Trad.: Nelson Santander

The sunlight on the garden

The sunlight on the garden
Hardens and grows cold,
We cannot cage the minute
Within its nets of gold;
When all is told
We cannot beg for pardon.

Our freedom as free lances
Advances towards its end;
The earth compels, upon it
Sonnets and birds descend;
And soon, my friend,
We shall have no time for dances.

The sky was good for flying
Defying the church bells
And every evil iron
Siren and what it tells:
The earth compels,
We are dying, Egypt, dying

And not expecting pardon,
Hardened in heart anew,
But glad to have sat under
Thunder and rain with you,
And grateful too
For sunlight on the garden.

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